Ínicio Artigos CRISE… Entenda a situação e veja em cinco passos como sobreviver a ela

CRISE… Entenda a situação e veja em cinco passos como sobreviver a ela

por Revista RPPS
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Já parou para pensar do que exatamente estamos falando quando discutimos a crise econômica pela qual o Brasil passa? As notícias são tantas e muitas vezes tão desconectadas entre si, que fica difícil juntar tudo em poucas palavras. Mas voltar um pouco no tempo ajuda. Para lidar com os efeitos da crise financeira que atingiu os países desenvolvidos a partir de 2008 (lembra-se do bom e velho “subprime”?), o governo brasileiro concedeu enormes estímulos ao consumo. Eliminou ou baixou impostos incidentes sobre alguns produtos, facilitou o acesso das pessoas ao crédito e confiou que o mercado interno daria conta de movimentar a economia. De fato, a fórmula funcionou por vários anos, mas não sem seus efeitos.

Uma aceleração do consumo, se não for seguida por uma aceleração da produção, pode acabar em inflação, pois quando há mais gente querendo consumir uma determinada quantia de produtos, seus preços tendem a ser reajustados, foi o que aconteceu no Brasil. Para lidar com a inflação em alta, a saída encontrada pelo governo foi aumentar a taxa básica de juros, a Selic. O crédito mais caro desestimula novas compras, mas ao mesmo tempo, dificulta que novos investimentos sejam realizados pela iniciativa privada, pois comprar máquinas e equipamentos, por exemplo, também encarece. A chance de uma empresa ter de demitir funcionários por causa disso é enorme.

Fora que quando se eleva os juros, o governo precisa automaticamente oferecer taxas mais altas nos títulos públicos que vende aos investidores. E se paga juros mais altos, se endivida a um custo mais caro e precisa encontrar de onde tirar dinheiro para tal. Com isso, e com a redução da arrecadação de impostos, o governo fica cada vez mais sem caixa. O resultado dessa combinação explosiva é, então, a famosa crise pela qual passamos.

Agora que relembramos os passos que nos conduziram até a situação atual, que tal ler esse manual de sobrevivência à crise que os especialistas em investimentos Mauro Calil, do banco Ourinvest, e André Massaro nos ajudaram a preparar? Dá só uma olhada no que eles sugerem até o momento mais delicado ficar para trás!

 

Aproveite os juros

O momento atual de alta da taxa básica de juros (a Selic) favorece investimentos de renda fixa, que proporcionam retorno alto com risco baixo. “Esqueça a caderneta de poupança e dê uma olhada nas oportunidades que existem em títulos públicos e títulos privados emitidos por bancos”, explica Massaro. Para Calil, há boas oportunidades em CDBs e nas letras de crédito imobiliário (LCI), agrícola (LCA) e de câmbio (LC), além dos títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto. “Pense em termos de longo prazo, pois prazos maiores trazem rentabilidade melhor”, sugere.

 

Repense o consumo

É hora de botar o pé no freio. “Os últimos anos foram marcados pelo consumismo excessivo dos brasileiros. Mas nos próximos, o desemprego e a inflação servirão de estímulos para que as pessoas fiquem mais atentas e mais defensivas ao consumir”, diz Massaro. Por que então esperar a necessidade aparecer para fazer algo para mudar? Comece a cuidar do próprio bolso agora mesmo. “Pesquise preços e busque marcas mais baratas que entreguem o mesmo benefício”, aponta Calil.

 

Fuja das dívidas

Não entenda essa sugestão como um convite ao calote. Pelo contrário! Evite a todo custo contrair NOVAS dívidas. “O custo do endividamento, que sempre foi alto no Brasil, está ficando maior ainda, assim como o risco de ficar desempregado”, afirma Massaro. “O atual momento pede que evitemos o endividamento, especialmente com coisas supérfluas e desnecessárias”. Portanto, #fica a dica: “Gaste o que sua renda permite. Deixe o crédito consignado apenas para as emergências”, avalia Calil.

 

Desconfie de investimentos milagrosos

Em épocas de crise, é comum as pessoas procurarem fontes de renda adicionais, seja para ter mais dinheiro e lidar bem com o aumento de preços (a inflação), seja para substituir uma fonte de renda que deixou de existir (em caso de desemprego). “Essa situação cria um terreno fértil para todo tipo de golpe e malandragem. As pessoas se aproveitam do desespero e da ingenuidade de quem está em apuros financeiros”, afirma Massaro. Lembre-se: assim como não existe almoço grátis, não há jeito milagroso de ganhar dinheiro.

 

Prepare-se para tempos de incerteza

O nível de desemprego aumentou nos últimos meses e tende a continuar subindo nos próximos. Se você ainda não tem uma, comece agora mesmo a montar uma reserva de emergência. Segundo Massaro, seu tamanho deve ser suficiente para que você e sua família vivam pelo menos um ano sem novas entradas de dinheiro.

 

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